Valéria que era a irmã de meu namorado, tão falada por ele, Aluisio sempre falou muito pouco, mas sempre falava na irmã Valéria com muito amor e admiração, e em todos os momentos, que lembrava da infância sempre estava acompanhando por ela. Fiquei apreensiva em conhecê-la, mas ela foi muito receptiva e sempre demostrou que amava o irmão. O
e o carinho era recíproco, confirmei isso com o tempo e convivência o que me fez considera-la uma irmã que a vida me deu. Lembro de um almoço no início do namora no apartamento de D. Socorro, estávamos todos a mesa, conversas amenas e de repente veio a pergunta de seu filho mais velho Masaru Jr :
- tia Dolores quando você vai ser minha tia de verdade?
Na hora ela ficou preocupada, acredito que com medo de meu constrangimento e disse carinhosamente,
- Ora filho! isso é pergunta que você faça para sua tia? Pergunte a seu tio. Todos ficaram meio que parados e eu respondi que não tinha problema e que eu seria sua tia de verdade, no dia que ele quisesse, independente de qualquer coisa, podia ser sua tia de coração.
No dia do meu casamento na hora dos cumprimentos, ela me falou que desejava que eu fosse muito feliz, tão feliz quanto ela, porque mais era impossível.
O brilho e a alegria que vi nos seus olhos, quando do nascimento de Vanessa, ela veio a noite nos fazer uma visita e falei pra ela que gostaríamos que ela e Masaru batizasem Vanessa, acho que ela recebeu com tanta felicidade a notícia que na hora tive a certeza de que tínhamos feito a escolha certa.
As visitas a sua casa eramos sempre bem recebidos com sorriso sincero com seu "oiê" cheio de alegria, com muitas conversas, petiscos e refrigerante ou água, sempre servidos com muito capricho em bandejas forradas com paninhos com delicados bordados, mesmo que fosse servir um copo de água, você recebia em uma bandeja com um paninho, o que fazia você se sentir especial e todo o carinho e atenção que ele tinha nos mínimos detalhes.
Lembro bem da época que foi pela primeira vez ao Japão, foi um ano ou mais de planejamento, que lembranças iria levar para cada um dos familiares que iria conhecer e até alguns itens de reservas Lembro das priranhas empalhadas e das peças de renascença que foi até Pesqueira para adquirir e escolher pessoalmente, tinha muito zelo e atenção em tudo que se dispunha a fazer, e quando retornou ainda contou que foi tão bem acolhida, que se desfez de coisas de uso próprio para presentear alguém que demostrou apreciar. Sempre viveu a cultura japonesa com muita admiração, presente na decoração de sua casa, na sala japonesa construída para ter um pouco da cultura de seu amado dentro de seu lar e trazer um pouco de conforto e aconchego para ele. Depois que retornou, viu no shopping Center Recife, uma mulher que fazia a renascença na porta da loja Renascença, conversando elogiando e admirando, descobriu que está senhora dava aulas particulares, logo se tornou uma rendeira caprichosa.